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Pela Heels of Love, Gabi Fischer apresenta EP que narra uma jornada emocional pela pista

Lançado nesta sexta-feira, 21, “Moog Talk” se estrutura como um conto sonoro dividido em cinco atos

São Paulo, novembro de 2025 – A Heels of Love inaugura um novo capítulo em seu catálogo com “Moog Talk”, EP de cinco faixas assinado por Gabi Fischer e que acaba de chegar às plataformas. Ouça aqui!

O trabalho se estrutura como um conto sonoro dividido em atos, cada qual explorando um clima e uma temperatura emocional – mas todos conectados por uma assinatura firme, elegante e inconfundível da produtora carioca radicada em São Paulo.

O lançamento reforça o compromisso da gravadora de Eli Iwasa com uma curadoria que privilegia identidade, sensibilidade artística e narrativas que vão além do funcionalismo da pista. “Moog Talk” dialoga com diferentes atmosferas da música eletrônica contemporânea, sem nunca diluir a visão particular de Gabi, lapidada entre a introspecção do estúdio e a observação atenta das pistas brasileiras e internacionais.

Entre Berlim e São Paulo, um vocabulário sonoro em expansão

A trajetória de Gabi Fischer começa em 2020, logo após sua formação no instituto Catalyst, em Berlim – um lugar conhecido por forjar artistas que encaram produção musical como pesquisa profunda. Desde então, a produtora tem construído um repertório que oscila entre o experimentalismo minimalista e a pulsação calorosa da house e do techno.

Suas influências compõem um mosaico que vai de Yellow Magic Orchestra e Casiopea até Boards of Canada, Swayzak, Paul Oakenfold, Ricardo Villalobos e Thievery Corporation. Essa combinação entre nostalgia futurista, estética analógica, atmosferas urbanas e paisagens eletrônicas sutis atravessa a discografia da artista – e encontra um ponto de plena maturidade no EP lançado nesta sexta-feira (21).

O disco é construído como uma sequência que jamais perde o fio da narrativa. Cada faixa avança a história, altera o clima, cria contraste e, ao mesmo tempo, mantém a identidade central – sempre permeada por texturas precisas, escolhas melódicas delicadas e uma exploração madura dos timbres.

Faixa a faixa: o conto eletrônico de “Moog Talk”

1. Weary: “Weary” abre o EP com uma mistura envolvente de dança e transe. A faixa é guiada por um jogo de synths minimalistas que se entrelaçam em nuances de deep tech, apostando em um balanço hipnótico mas ainda profundamente funcional para a pista.

A economia dos elementos é deliberada: Gabi constrói a tensão e o groove com elegância, criando uma introdução que convida o ouvinte a entrar no universo emocional do EP.

2. Weary Pt. II: A sequência direta da faixa inicial mergulha num território mais introspectivo. Aqui, a bassline ganha densidade, abrindo espaço para um diálogo entre timbres de synth que trazem certo lúdico inesperado – quase como lampejos de luz dentro de uma atmosfera mais sombria.

“Weary Pt. II” amplia o drama, mantém o movimento e prepara o terreno para o ápice melódico que virá adiante.

3. Moog Talk: Faixa-título, “Moog Talk” revela a alma do projeto. Um lead synth marcante, apresentado já na abertura, conduz a música com uma delicadeza que se enlaça às progressões dos demais elementos.

É aqui que a habilidade de Gabi como contadora de histórias musicais se evidencia: a track cresce emocionalmente, aprofunda a imersão e explora melodias que equilibram simplicidade e encanto. 

O resultado é uma faixa fluida, sensorial, perfeita tanto para momentos de contemplação quanto para pistas mais abertas.

4. Cravings: Entre todas as músicas, “Cravings” talvez seja a mais densa. Aproxima-se do techno com um apelo old school evidente nos elementos de bateria e na condução da narrativa sonora. 

É uma faixa de tensão crescente, ideal para momentos de pista mais intensos, em que o corpo se entrega ao ritmo enquanto a mente entra em modo contemplativo.

5. Locked In: Para concluir o conto de “Moog Talk”, Gabi oferece “Locked In”, uma track que se abre em melodias mais reflexivas, camadas que remetem à viagem interior e texturas que quase suspendem o tempo.

É o tipo de fechamento que não encerra; expande. O ouvinte sai com a sensação de deslocamento suave, como se as cinco produções tivessem conduzido a um estado emocional mais profundo.

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Um lançamento que reafirma o DNA da Heels of Love

Com “Moog Talk”, a Heels of Love reafirma sua direção estética: música eletrônica feita com propósito, cuidado artesanal e foco absoluto em artistas com visão própria. Gabi Fischer se junta ao time do selo em um momento decisivo de sua carreira, entregando um EP coerente, cinematográfico e emocional – um daqueles trabalhos que não apenas funcionam na pista, mas também permanecem na memória.

É a soma de técnica, sensibilidade e personalidade que coloca a obra como um dos lançamentos mais marcantes da label até agora, bem como um dos trabalhos mais completos de sua criadora.

Sobre Gabi Fischer

Carioca radicada em SP, Gabi Fischer é DJ e produtora musical, iniciando sua jornada em 2020 após sua formatura do instituto Catalyst em Berlin. Desde então, Gabi vem se consagrando na cena global como uma produtora e seletora versátil, traduzindo suas diversas referências no studio e nos decks.

Com lançamentos em gravadoras como Subliminar, Perfecto Estado, Loop Soup Records, the Basement Discos, Bliss Records e Cocada, as faixas de Gabi Fischer trazem elementos variados, harmonizando referências ecléticas que passam desde Yellow Magic Orchestra, Casiopea,  e Boards of Canada até Swayzak, Paul Oakenfold, Ricardo Villalobos, , Thievery Corporation.

Seus sets, por sua vez, transitam livremente pelo House, Balearic, New Beat, Electro, Trance e Techno trazendo uma polivalência de gêneros e texturas sonoras em suas construções; rendendo-lhe residências nas festas paulistanas da Subliminar e na Voga, além de gigs em lugares como Jerome, Goma Room, Caos Campinas, Gop Tun Festival e D-Edge, além de gig internacionais como Renate (GER), Bulbul (GER) e Arche Ahoi (AUT).